sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Alpha 5 na ativa


Foi, foi a nossa primeira apresentação, toda carga do nervosismo foi dissipada. Esse momento que nós esperávamos enfim chegou, e foi gratificante ouvir os elogios, não só dos familiares e amigos, mas também de pessoas que eu nem conhecia. Não pela exibição, mas pela contemplação de um trabalho duro, de muitos ensaios, discussões, dores de cabeça e muita, mas muita, dedicação.

De certa forma sinto que tudo isso, além de ser uma diversão, uma distração e acima de tudo um trabalho, foi um desabafo. A apresentação, os ensaios e, o principal, a energia deixada no palco, apresentaram-se a mim como um desabafo explosivo, silencioso e essencial. Meu espírito saiu renovado do palco, sentia-me leve, um pássaro a desfrutar de uma brisa constante, fresca e silenciosa.

Não posso negar, esse texto é um desabafo também. Mas não pensem que esses desabafos tem uma mira certa, pois não tem, são desabafos para o mundo e para tudo nele que eu julgo em desacordo com a ética. Sei que essa palavra "ética" tem que ser usada com muito cuidado, mas nesse contexto ela não poderia ter encaixe melhor.

As vezes sou bruto demais nos meus sentimentos sobre a atual sociedade, mas é como eu a vejo e não pretendo mudar meu pensamento tão cedo. E para aqueles que pensam que isso é teimosia estão errados, isso se chama ideal.