quinta-feira, 29 de julho de 2010

Guerra Patológica

O Tédio me persegue onde eu vou. Sempre quando me viro, miro a face diabólica do Tédio a admirar a minha alienação. Espero um dia poder olha-lo de mesma maneira, admirar a sua agonia por perder o efeito destrutivo que vem causando em mim. Tédio me escute bem: Você me derrota dia após dia, mas isso acabará, no dia em que meu coração mirar uma terra nova. No dia que depositarei minhas esperanças em outra viagem miraculosa.

Essa busca, incessante, que faço, já está dada como impossível. Mas minha Teimosia continua na briga pelo caminho correto. Já a deixei sozinha nessa briga. Tenho que me preocupar com o Tédio agora, e com seu sorriso maquiavélico.

Sei que ele não vem sozinho à briga, mas eu também não. Tenho aliados, também alienados, mas de forma positiva pela Vida. Não estou só, tenho a minha Alma comigo, meu Espírito e o meu Ideal. Nenhum deles me negará ajuda nessa interminável guerra.

Nessa guerra sem armas, as feridas são mais dolorosas. Nenhuma arma arrancaria um grito de dor tão intenso como o das feridas do Tédio. E todo escudo seria passível a seus golpes.

Nessa guerra só eu posso reverter o jogo, sei como faze-lo, mas sou incapaz de cometer tamanha atrocidade. Ninguém faz por merecer que alguém morra por sua felicidade. Mesmo sendo uma morte patológica.